Construção em alvenaria remanescente do “estilo colonial rural brasileiro”, situada no km 7 da Rodovia da Uva.

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Por João Batista Quinzani

 

Conhecida por este nome, a casa antiga situada no km 7 da Rodovia da Uva, conta a história do Município em épocas passadas.

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Em 1856 o Estado oferecia terras no sertão, ao redor de Curitiba, para serem transformadas em fazendas produtivas. Cem, quinhentos ou mais alqueires e lá entravam as famílias para a aventura. Em Colombo, as famílias BEIRA, SILVA, XAVIER, entre as demais de origem portuguesa, fizeram parte desta história. As famílias se instalaram na região que hoje abrange os bairros Parque do Embu, Santa Tereza e Arruda. Havia ainda os moradores primitivos da região: índios,  escravos africanos e moradores esparsos que chegaram por outras estradas. A colônia italiana só aparece 20 anos mais tarde, em 1878.

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A família Xavier, vinda de Curitiba, tinha parentesco com Mateus Leme. No ano de 1887, ANTÔNIO FRANCISCO BEIRA XAVIER, casado com PORCINA PRESTES DE ARAÚJO, proprietário de muitos alqueires na região e trabalhando com o comércio de cal, entregava o material para a construção da Igreja Matriz de Curitiba, inaugurada em 08 de setembro de 1893. Este comércio proporcionou-lhe rendimento que possibilitou a construção da casa. Considerando-se a época e o local, a casa era um verdadeiro luxo, já que a maior parte das residências era de madeira.

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Acredita-se que a construção da casa tenha ocorrido por volta de 1897. Segundo informação oral obtida pelo Sr. João Batista Quinzani, os construtores foram poloneses que moravam na região do Santa Cândida. Naquela época, a atual Rodovia da Uva (entre os atuais km 5 e 8) era simplesmente uma estrada interna da propriedade das famílias Xavier, Silva e Rodrigues.

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A viagem de Colombo para Curitiba era feita ou pela estrada do Prado ou pela Estrada do Itajacuru. A Estrada do Prado saía da Colônia Antônio Prado, depois passava a se chamar Estrada da Cotinha e chegava até a Barreirinha. Segundo contam os antigos havia uma subida muito íngreme e enlameada no local onde hoje é o Parque da Barreirinha. Ali era necessário um esforço coletivo para vencê-la. Os colonos tinham de unir os animais de suas carroças e subir uma carroça por vez. A Estrada do Itajacuru  é a atual Rua Raphael Greca no bairro  São Gabriel. Também conhecida como Estrada da Pedreira Rio Atuba, este caminho chegava no atual bairro Atuba/Bacacheri. Do bairro do Bacacheri partia-se para o litoral pelo Caminho da Graciosa.

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A casa, ocupada inicialmente pela família composta por um casal com 12 filhos, sempre chamou a atenção dos vizinhos e transeuntes pela localização no topo de um pequeno morro, casa de alvenaria, um luxo na época e um enorme pé de jabuticaba na frente.

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No ano de 1974, a herdeira DAVINA BEIRA XAVIER decidiu vender a casa e a mesma foi adquirida por JOÃO BATISTA QUINZANI, morador atual. Na ocasião a casa encontrava-se em tristes condições. Após a compra, a casa foi restaurada, as trincas das paredes foram corrigidas e foi realizada uma amarração externa na estrutura.

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Consciente de seu valor histórico, o Sr. Batista deu entrada no processo de tombamento da casa, que levou 10 anos para ser aprovado. Finalmente a Secretaria Estadual da Cultura processou o tombamento histórico da mesma para preservação do ESTILO COLONIAL RURAL BRASILEIRO.